O materialismo já contribuiu em larga escala para o aumento do número de pessoas com câncer e com depressão, além de contribuir amplamente para a corrupção do caráter. O materialismo vem crescendo cada vez mais e se colocando a serviço da falsificação de alimentos, de sentimentos, da beleza, do bem-estar, da espiritualidade, do sucesso, da prosperidade, do prazer, da felicidade... Pessoa tomando remédios para falsificar suas emoções, fazem uso de bebidas e drogas para falsificação do prazer e de como realmente se sentem. Pessoas que colocam a vida em risco em cirurgias cosméticas ou se lançando em dietas absurdas para atender o materialismo. Pessoas gastando fortunas para se tornarem espiritualizadas ou comprando as promessas de iluminação.
O caráter é destruido pela corrupção e, só existe um tipo de corrupção que, é justamente, a do caráter. Todo o resto, dinheiro, poder, sexo materialista, falsificações do prazer e... são meios para promover a corrupção.
O Patriarcal corrompe pelo poder e dinheiro, o Matriarcal corrompe pelo prazer, pelas drogas e erotização.
Infelizmente o ser-humano vem usando a força dos arquétipos, as forças do universo para corromper e levar vantagem. Tanto o Patriarcal, como o Matriarcal são arquétipos, forças poderosas que tem muito a contribuir positivamente com a sociedade e, sem eles, não se pode tomar a Alteridade para se chegar na Totalidade. É preciso conhecer o tomar o lado bom dessas forças, caso contrário, vamos nos afundar em doenças, guerras, perversões e por aí vai.
Enquanto o Patriarcal é usado negativamente para criar guerras, para criar separação através de grupos, ideologias, classes... usado para promover desigualdade, obter controle e poder, o matriarcal vem sendo usado negativamente para corromper pelo prazer. Por exemplo, o Carnal sempre foi um evento matriarcal e passou para um matriarcal negativo que vem cada vez mais corrompendo através de se vender dentro e fora do Brasil como uma promessa de prazer através do sexo fácil, da prostituição, das drogas, bebidas, erotização barata. O Carnaval se tonou o modelo da falsificação da beleza e do prazer. É uma total exploração negativa do Matriarcal e do Patriarcal, sendo que o Patriarcal se apresenta como aquele que vem organizar o evento.
Alguns podem dizer que isso é uma visão conservadora e, na verdade é. Veja bem, quem não conserva a integridade, desintegro está. Quem não conserva o corpo, prostituido está. Quem não conserva a saúde irá adoecer. Quem não conserva o amor, destrutivo se tornará. É preciso se conservar a alma, alguns valores que buscam proteger e preservar a vida, a integridade física, moral e psíquica das pessoas. Nenhuma cultura consolidada, rica, mais saudável e igualitária atingiu esse patamar sem conservar valores importantes.
Não é à toa que a corrupção se instaurou amplamente em nosso país.
Sem o Matriarcal positivo não temos a devida valoração da vida e do acolhimento. Sem o Patriarcal positivo não temos a devida proteção, organização e manutenção da vida. Sem isso, não temos como ir em direção da Alteridade para se chegar na Totalidade.
Materialismo não é o mesmo que prosperidade, pois prosperamos em todas as áreas. Prosperamos na saúde, no amor, a família, do conhecimento, na profissão... Prosperidade é um processo de crescimento, de continuidade, de perceber que não existe escassez, afinal, se o universo que tem aproximadamente 13,7 bilhões de anos ainda permanece em processo de aprendizagem, crescimento, inovação, e nos dias de hoje encontramos novas espécies, imagine a tamanho do potencial e da nossa caminhada.
O errado, aquilo que promove ou contribui para o mal sempre se mune de justificativas e, é por isso, que o correto, o bem precisa ser protegido e preservado. O mal ataca, o bem acolhe.
Então, por que as pessoas são mais propensas ao mal?
Bom... o que é mais fácil, fazer o certo ou o errado?
Levar vantagem ou ser ético?
Mentir ou falar a verdade?
Ofender ou reconhecer?
Assumir responsabilidade ou se vitimizar?
Analise, faça as contas e, no fundo, vai ver que ser honesto, correto, agir com ética, respeitar, assumir responsabilidade e consequências, respeitar as leis e por vai, não é nada fácil. Fácil é estar a margem de tudo isso. O que é mais fácil, ser criança ou adulto? Por isso, em geral, as crianças acham os adultos chatos, pois existem limites para as coisas.
Adultos inconsequentes irão achar chato outros adultos que seguem o caminho do bem, por que será??
Por isso existe uma diferença entre envelhecer e crescer. Envelhecer é um fato biológico, um fato inegável, incontrolável, um curso natural imposto a todos os seres. Agora, crescer já é um estado do ser, um movimento interno, um amadurecer consciente. É uma vivencia que leva a confrontar medos, dores, perdas, assumir posições, fazer escolhas e lidar com as consequências. É se entregar a um processo constante de vida e morte, pois é preciso deixar morrer algumas coisas ou simplesmente deixa-las ir, para que algo novo floresça. Assim como a fênix, é um constante ressurgir das cinzas.
Quem está a serviço da falsificação pelo materialismo estará promovendo a auto corrupção do caráter e, nem sempre, esse caminho tem volta. Muitas vezes o preço a ser pago torna-se muito alto.
É um pensamento mágico e um grande absurdo achar que se pode falsificar a espiritualidade, ou a saúde, ou a beleza, o sucesso, a prosperidade... também é um total absurdo achar que não existem efeitos e consequências. Crianças podem brigar por brinquedos e pela atenção dos pais, mas elas estão aprendendo e construindo a personalidade e o caráter, isso já não deveria caber em um adulto.
É preciso ter uma ampla, real e profunda consciência em relação a importância da vida, pois o sagrado está presente em tudo. Colocar o materialismo acima da vida é ferir profundamente o sagrado. Colocar a natureza como escrava do materialismo é ferir profundamente o feminino.
Fritjof Capra, em seu livro – O tao da física, traz uma bela observação a cerca disso:
“Nossa ciência e nossa tecnologia baseiam-se na crença de que entender a natureza implica o seu domínio pelo homem. Uso a palavra homem propositalmente, porque me refiro a um vínculo muito importante entre a visão de mundo mecanicista da ciência e o sistema de valor patriarcal, a tendência masculina para querer controlar tudo.
O homem tende a ver a natureza como um objeto que tem de estar a serviço dele. Na história da ciência e da filosofia ocidentais, esse vínculo é personificado por Francis Bacon, que, no século XVII, defendia o novo método empírico da ciência em termos perversos. A natureza tem de ser “acossada em suas vadiagens”, escreveu ele, “sujeitada a prestar serviços” e tornada uma “escrava”. Ela deve ser “coagida” e o objetivo do cientista é “arrancar da natureza, sob tortura, os seus segredos”.
Essas imagens violentas da natureza como uma fêmea cujos segredos têm de ser arrancados sob tortura, com a ajuda de dispositivos mecânicos, sugere fortemente a tortura das mulheres nos julgamentos das bruxas, no século XVII, que eram muito familiares a Bacon, que foi procurador-geral do rei Jaime I. Portanto, temos aqui um vínculo crucial e assustador entre a ciência mecanicista e os valores patriarcais, que exerceu um tremendo impacto nos desenvolvimentos ulteriores da ciência e da tecnologia.
Muito pouco mudou entre os séculos XVII ao XXI, isso mostra como é difícil mexer nos paradigmas, nas crenças e como existe uma enorme resistência mediante as mudanças.”
Quanto mais se fere, mais inflama, mais adoece, mais nos tornamos sádicos e inconsequentes. Quem tem prazer em ferir são os sádicos e os psicopatas. Toda dor, toda ferida, toda humilhação, todo trauma pode ser curado, mas é necessário um tempo. É necessário acolher, dar atenção, amor e resgatar a confiança, mas nada disso é possível se não pararmos de ferir.
É preciso abandonar o passado, os padrões aprendidos e se lançar em uma nova conduta, em um novo compromisso e começar um novo agora. Se você quiser saber mais a respeito disso, a respeito dos arquétipos Matriarcal e Patriarcal, assista aos vídeos no meu canal.
Espero que você possa refletir a respeito.